Título do livro: Versos Ardentes
Gênero: Poesia
Ateu Poeta/ Amadeu Nuvem/ Aroldo Historiador
1

VERSOS ARDENTES
Quando o meu amor se foi
A minha vida parecia acabar
Deserto no meio do mar
Uma saudade que corrói
Só dor e insanidade
É o que batia neste peito
Era meu leito a necessidade
De saber que nada é perfeito
Os versos mais ardentes
Queimaram meu coração
A verdade parecia ilusão
Uma canção sem refrão
O Seu sorriso deixou
Esse universo decadente
Ateu Poeta
01/07/2014
01/07/2014
2
ESCURIDÃO PROFUNDA
Acendi uma vela em meu coração
Para velar a escuridão que teu sorriso deixou ao partir
Num barco à vela à deriva
Velejando a poesia da vida
A saudade é uma ferida que nunca sara
Fica sempre mais profunda e cara
De amizade rara vira abismo
Um ostracismo da razão
Teus olhos serão flores no infinito
A ideia imortal de ti é que me dá a luz do dia
Uma estrela nova nasceu no céu
Plantei mil plêiades e pulsares
Em meu branco chapéu
Pra fazer pulsar a explosão de uma nova Via Láctea
Ateu Poeta
17:27
23/04/2012
3
CATARSE EM DÉGRADÉ
O que me encanta em você
Não é uma parte
É o completo
Até o dialeto
A risada de poesia em catarse
O cabelo em dégradé
Enfim, tudo é belo
O sol é seu
Não estou ao seu lado
Até o amanhecer
Mas posso sonhar pelo menos
Seus pensamentos fingir ler
Para então estar nas nuvens
Ver o que não virá
Ateu Poeta
04/02/2014
4
ATÉ O DIA NASCER
Quando pego na minha viola
A tristeza vai embora
Até o dia nascer
À noite a lua mais brilhante
Que cada lobo andante
Uiva como cão errante
Antes da ruiva aurora florescer
Não há Kant que se afoite
Lançar olhos de açoite
Para quem cante com prazer
A música anestesia
Mesmo sem musa ou fantasia
Toda essa euforia
É o que me faz viver
Ateu Poeta
16/06/2014
5

MAESTRO SEM MELODIA
A vida vaporizou em várias paixões
Umas não mereciam o meu amor
Outras não passaram de ilusões
Algumas perdi por razões que desconheço
Viraram-me pelo avesso
Moeram todas as frações
Não sobrou coração nem verso
Muito menos viola, violino e violão
Nessa jornada sinestésica
Sem anestésico, pus o pé no chão
Virei androide sem sentido ao piano
Poeta sem fantasia ou plano
Tenor sem terno, temor e soprano
Maestro sem orquestra, batuta e melodia
Ateu Poeta
15/06/2014
6
VIOLÃO DE MARFIM
Meu coração não é de ferro
Mas puxo os pregos da paixão
Sem berro
Porque odeio ilusão
Não minta para mim
Aceito a decepção
Engulo com feijão
À sombra do clarim
Tocando meu violão de marfim
Para os confins do universo
Os ouvidos da noite apreciam
Versos e virtudes
Que criam vida e guarida
Para os homens de atitude
Ateu Poeta
11/06/2014
8
VILÕES NA VILA
Para quem tem poderes do dinheiro na mão
Estão à venda no mundo todos os prazeres
Para os demais: afazeres, voto, veto
Retos vetores, válvulas, transistores
Transtornos e entornos mentais
Poucos cifrões nos jornais
Parcos recursos de gregos
Novos vilões na Vila Isabel
Derramando fel com mel de ilusões
Negro céu de canhões
Quartel de amarras intelectuais
Nada que o metal não corrompa
Derreta, rompa e falsifique nos anais
Das podres páginas oficiais
Ateu Poeta
10/06/2014
9
NOS EMBALOS DE UM SÁBADO À NOITE
A noite me encontrou
Quando nem eu me achava
Quase fui feliz por um triz
Mas meu amor não me quis
Sem chave nem clava
Até a lua maldava
Os olhares que fiz
Mas tudo gelou
Frio fósforo de giz
Matrix sem matiz que chamava
Perdido como perdiz na matriz
Meu coração clamava
Voei sem retriz
Sonhei que você me amava
Ateu Poeta
03/06/2014
10
PUNK FEITO POESIA
Não adianta lamentar
Pelo que não viveu
Depois do ocaso
Adeus e nada mais
Aí jaz sem jazz nem blues
Não interessa se foi acaso
Ou proposital
Et cetera e tal
Tanto faz
O que importa é que você surgiu
E o céu se abriu num sorriso
Lindo, azul e incisivo no meu coração
A vida entrou no pulmão
Punk, feito poesia em vulcão
Ateu Poeta
28/05/2014
11
O OPOSTO DO FIM
Oposto do fim homem
O ocaso do sol é lindo
Apóstrofo dum dia novo
Com a nostalgia que vai embora
Para renascer aurora
E deixar o céu sorrindo
Como rio que jorra para o sertão
Oásis na imensidão do nada
Aposto que a passarada sonha
Canta e vibra risonha
Contemplando o templo in natura
Sobre a vermelhidão do mar
Onde a vida mergulha
E Fura a água feito agulha
Ateu Poeta
13/05/2014
12
NO ABRIGO DA CANÇÃO
O universo olhou para mim
Sem dizer nada
Em verso
vi
Alguma coisa qualquer
Que lembrou-me de ti
Talvez alguma estrela a sorrir
Esperei o céu se abrir em castelos
Para um elo com teus átomos encontrar
Tudo se vai pelo ar em rota de colisão
E gira o tempo todo
Numa falsa transubstanciação
Tenho-te comigo
No abrigo da canção
Ateu Poeta
05/05/2014
13
PEDRAS E FLORES
Uma ação errada e mil críticas recaem sobre ti
Uma certa e as pedras serão um milhão
E depois esquecem a razão
Pela qual endureceste o coração
Não querem saber por que
Só sabem julgar
São muitas cruzes
Para pouco altar
Exigem que vingues o sangue com flores
Daí é que aflora o coquetel
Entre balas e rojões
Granadas e bombas de gás
Ninguém nasce soldado
É o mundo que faz
Ateu Poeta
27/04/2014
14
HISTÓRIA SEM FIM
A vida não é uma História sem fim
Mas bem que poderia
Ser melodia do eterno
Em vez de voltar à morte
Puro átomo fraterno
Por isso ponho meu terno
E vou dançar na chuva
Enquanto tiver sorte
Um dia irei a Marte
Sem amar-te nem um pouco
Perder-me em Astronomia
O universo é sinfonia do caos
Sem dor nem harmonia
Onde tudo vira poesia
Ateu Poeta
12/04/2014
15
CASEI-ME COM A LUA
Casei-me hoje com a Lua
Não é preciso fortuna
Nem mesmo ter um lar
Basta que seja noite
Verei de todo lugar
Espelho fiel do Sol
Às vezes mais bela que o arrebol
Faz a poesia florescer
Onde não há flor alguma
Quando tudo ao redor fenece
Cansei de esperar pelo que não vem
Não vi, não voga
E não aquece
Agora é hora de voar
Ateu Poeta
08/04/2014
16
MAR DE SINFONIAS
O poeta é um sonhador
Que mais haveria de ser?
Se o mundo não é azul
É pintá-lo para renascer
Sob um blues víride de vidro
Da aurora mais tênue e melancólica
Poesia categórica
Não é mais que sinestesia
Se os sinos não badalam
Suas mãos cheias de calos
Calam cálamos e talos
Até a pluma florescer
Quando a primavera se aprimora
O seu coração mora num mar de sinfonias
Ateu Poeta
06/04/2014
17
SOL EM PANE
Não há mágica na vida
Apenas sonhos e ilusões
Falsas percepções
Em grandes voos
Rajadas de rojões
Porque as verdades são trágicas
Como poesia pesada
Única jornada
Átomos do jamais
Num universo incompleto
Opaco anátema de antíteses e axiomas
Pão e circo num grito de gol
Arrebol que não vem
Antes da pane do sol
Ateu Poeta
03/04/2014
18
1º DE ABRIL
Saudação a todos os deuses
Anjos, santos e demônios
Um abraço para Pan
De onde saiu Pandora
Apelidado depois de Lúcio
Lucrécio, Lúcifer, Zarapelho
Capiroto, Capeta e Satanás
Mas é protetor das Florestas
Cuida das flores, árvores e animais
Outro que jamais existiu
Por isso hoje é o seu dia
1º de abril
Mas o ano todo também é
Muitos milênios de pura fé
Ateu Poeta
01/04/2014
19
EU SOU O REI
Não é preciso voar para chegar ao infinito
Nem saber nadar para ter o mar no peito
A imaginação leva além do conflito
Do Japão à Belém
Surfando na crista do escorpião
No ferrão da onda aonde for
Na flor da miragem
À margem do céu
Sobre o quartel da razão
Não é o grilhão quem te faz preso
Mas a falta de visão
E de repente vou montado no dragão
Para o mundo que criei
Lá eu o sou rei
Ateu Poeta
31/03/2014
20

POESIA VAI E VEM
A poesia vai e vem
Assim de repente
Ilusiona um sentido à minha vida
Forte maré no peito
Azul, plena e inconstante
Eu que sou consoante à sua foz
Quando a sinfonia vocifera estridente
E bate feroz feito atabaque-tridente
Se a pluma se perde
Ainda há a verve verde da mente
Nova semente forja árvore cognata
Na mais perfeita serenata de outono
Divago devagar num quase andante passant
Sobre o adágio da tarde louçã
Ateu Poeta
31/03/2014
Assim de repente
Ilusiona um sentido à minha vida
Forte maré no peito
Azul, plena e inconstante
Eu que sou consoante à sua foz
Quando a sinfonia vocifera estridente
E bate feroz feito atabaque-tridente
Se a pluma se perde
Ainda há a verve verde da mente
Nova semente forja árvore cognata
Na mais perfeita serenata de outono
Divago devagar num quase andante passant
Sobre o adágio da tarde louçã
Ateu Poeta
31/03/2014
21

À LUZ DO NIILISMO
Alusão, ilusão en la lux
Nix que não me deixa dormir
Clarão mental que não é frenesi
Litoral: litros de mim que se vão
Clarins, jasmins, querubins
É tudo não
Vão, vapor, vastidão
Não sou russo nem Renato
Disparo, disparate, lirismo inato
Ou bala de arremate sem chá
Xeque d’en passant salutar
Os lunáticos têm razão
O niilismo ultrapassa Nietzsche
Talvez por isso a rima enriste irrite
Ateu Poeta
28/03/2014
22
INEFÁVEL
Inefável flor
Meu coração acelera diante de ti
O sol é quimera que queima minha solidão
À tua janela há um mundo vão
Onde não protagonizo
Aprendi a ser Narciso
Para tentar sobreviver
Ícaro se deixou fenecer pelo desir
Agora só me importa o que há de vir
Não cultivo mais o jardim onde nasceste
Nem me importa o teu perfume ímpar
És incógnita, busco aforismos
E não algoritmos
De falso lirismo
Ateu Poeta
15/03/2014
24
O MAR SERÁ MEU
Quem dera
Viajar com Alice
A um país sem quimeras
Onde a lei fosse
A paz do aprendiz
E a flor do ensinar
Renasceu
Vermelha como o sol
Ou amarela
Com o verde das matas
Cascatas na planície
Lá eu viraria escafandrista
O mar seria meu
A aquarela da vista
Ateu Poeta
13/03/2014
25
UMA NOVA DANÇA
A História é feita de páginas viradas
Porque mágoas guardadas não trazem glória
O resto é poesia
Guerra sem fim
Porque viver é lutar
Mas também fazer alianças
Quando cada andança apascentar
Bailar uma nova dançar
Pelos ares
Sobre o mar
Como se fosse criança
Para se encantar
Com toda a crença na dúvida
A euforia a cavalgar
Ateu Poeta
13/03/2014
26
VELA
Vida
Vela acesa
Que revela átomos propagados
Na grande mesa
Universo afora, nada somos
Ínfimos cromossomos
Menos que gota d’água no mar
Mesmo assim o homem
É animal que vive a sonhar
Alimenta-se de ilusões
Pobres corações sufocados pela vil certeza
De que a natureza do belo some
Quando a chama se consome ao vento
Apagando ao relento qualquer sobrenome
Ateu Poeta
10/03/2014
27
NARCISO AO SOL
Narciso salvou-se sem saber nadar
Ao comer a maçã de Idun que caíra
Um sopro de vida então lhe surgira
Por impulso pode cantar
Ver o mar e fazer poesia
Com asas de Ícaro pôs-se a voar
Carregada pela águia a viu passar
_Esta musa deu vida ao meu coração, pensou
Mas apenas pode pronunciar-lhe o nome
Em vão seria procurar o pomar
É sensato não querer alçar-se ao sol
Pousou em meio à indecisão
Sem Isis, Íris nem Aurora a contemplar o arrebol
Foi embora
Ateu Poeta
25/02/2014
28
BALUARTE
Será a arte um baluarte azul
Para sustentar a parte lua dentro de nós?
Foz ou força?
A quantos nós?
Uma flor roxa que nasce em cada coração?
Paixão de trouxa sem declaração?
A dança que balança toda a nossa vida?
Guarida ou guerra?
Fome ou comida?
Faz fadiga e anestesia
Soporífero e arritmia
Letárgica miopia
Molda modas e modos
Move mundos
Ateu Poeta
22/02/2014
29
AFORISMO DO ARREBOL
O que importa se o universo
É um caleidoscópio convexo de fractais
Onde só há cópia e fusão nuclear
E a pressão move tudo?
Se não posso correr em tuas curvas divinais
O mundo jamais fará sentido
Sem ti nenhum jardim florido é belo
Caramelo algum é doce
Ninguém há que endosse
Qualquer ideia do lirismo frenético
Arquétipos de paisagismo já não agradam
Só o teu abraço faz laço com o sol enriste
E pode provar que a alegria existe
No aforismo do arrebol
Ateu Poeta
18/02/2014
30
GRANSINFONIA
Divaguei devagar
Sobre o mar dos teus olhos
Vou naufragar
Lá na ilha de Abrolhos
Criei asas que valem mais que a canção
Um pedaço do meu coração fora contigo
Pelo mundo afora
Ânfora do céu
Pés que voltam ao chão
A cada não dos teus lábios
Uma nota se perde da harmonia
Na gransinfonia do universo
Acabam-se os versos
Esvaindo a poesia
Ateu Poeta
17/02/2014
31
ESMERO E CAOS
A vida é um vislumbre
Guerra que alimenta a si
Desir do advento
Vento a esmo de volta à escuridão
Beijo de Luna e Coraci
Banho de espuma, lacunas
Uma pluma de nuvens
Tiro, rojão e guarida
Efêmera, frágil e dorida
Única, prazerosa e linda
Talvez o maior dos paradoxos
Num planeta de grandeza insignificante
Mero instante de frenesi
Ciclo de esmero e caos
Ateu Poeta
17/02/2014
32
SEM DESTINO
Aonde a estrada me levar, meu amor
Muito além do horizonte
Em voo rasante eu vou
Sobre o Rio Queronte
Como vã poesia, guria
Feito flecha arfante no ar
Sou o lobo uivante do monte
Louco pra te encontrar
Sairei por aí sem destino
Para que a solidão não possa
Fazer-me companhia
A sinfonia em meu peito calar
Com toda a maestria da lua
Até tua bela boca beijar
Ateu Poeta
14/02/2014
33
SEREIA AO SOL
As coisas mais lindas
Não são fabricadas
Nada de industrial
Mas frutos do caos
Compondo jornada
Anti-artesanal
Embebida de ilusões
Em ritual sem sentido
Aferido por sapiente animal
Teus cabelos ao sol
Em consonância com a paisagem
Brilham mais que o arrebol
Seria miragem
Ou sereia à margem?
Ateu Poeta
12/02/2014
12/02/2014
34
CEGA NAÇÃO
Mais um jornalista assassinado
Parte o coração da imprensa
Um rojão sem decência
Derruba o cinegrafista
Esse artista da documentação
Que registra fatos reais
Fica aqui uma nota de repúdio
A toda essa violência banal
Prenúncio de guerra civil
Por maiores que sejam as falhas das prensas
Ninguém merece essa mortalha
De segar a informação
Sem jornais não haverá democracia
Seremos uma cega nação
Ateu Poeta
11/02/2014
35
V
Ver-te
Verte
Vértice
Vertentes
Variáveis
Verde
Ventre
Vida
Várias
Vozes
Verazes
Vão
Voraz
Virarão
Ateu Poeta
11/02/2014
11/02/2014
36
ARMADILHAS A MAIS
A beleza não é o bastante
De que serve uma estante vazia?
Existem outras questões mais vitais
Melodramas de vitrais não sustentam sonhos
De tão risonhos ideais
Pra que tantas máscaras teatrais
Sem nenhum rosto real?
Nem todos conseguem viver de ilusões
É preciso algo a mais
Do que aforismos de cristais
Incógnitas artesanais
Mistérios de mil cadeados
Rodeados pelo jamais
Artimanhas e armadilhas naturais
Ateu Poeta
08/02/2014
37
ASAS DE PASSARINHO
Quem te vê sozinho no ninho
Não sabe o perigo que é voar
Passarinho bate as asas
Ficar em casa não dá
Ele vai
Siga também
Sem desdém
Porque quem detém não tem limites
A pluma que te escreves não se atreve
Em trevas de tristes trovões
Trovas, traves, travessões
Tigres travessos entre arpões
E mil coisas que a selva esconde
Ir aonde se não ao céu?
Ateu Poeta
08/02/2014
38
No Brasil os partidos
Viraram oligarquia
Caravana de bandidos
Matilhas que quebram a democracia
Precisamos da candidatura direta
Sem essa obrigatória estrutura
Ser inteiro, como diria um amigo
Por conta própria
Como em países evoluídos
Não é passeata contra a copa
Anonymous e Black-Blocks
Que mudarão os blocos desses carnavais
De dinheiro na cueca e muitos mais
As nossas leis estão banais
Ateu Poeta
26/01/2014
39
NADA SEREI
Sem teu abraço nem existo
Nada sei nem insisto
De tanto versejar velejei
Vivo a cantar
Mas nada serei
Não há laço com o mundo
Que valha uma pluma
Em vala de vale profundo
Sereias em série sonhei
Nas espumas do mar em flor
Nenhuma com o teu olhar
Perfume, semblante e calor
Ou o sabor dos teus lábios confusos
Onde o meu frenesi se calou
Ateu Poeta
23/01/2014
40

ODE À DOR 2
De todas as ilusões
De todas as ilusões
A dor é a mais delirante
Enlouquece os mais sãos
Pode deixar zarolho
Torna fraco o rinoceronte
Faz qualquer um duvidar de si mesmo
Transforma materialistas em niilistas
Numa autoiconoclastia sorumbática
Idiossincrasia que tira todo o sentido
De onde já nem havia
Vira noite o dia mais claro
O mais raro momento de sinestesia
Já não vale
Nem a metade da anestesia
Ateu Poeta
21/01/2014