quarta-feira, 9 de outubro de 2019

168-ANANSI

168-ANANSI

Rimas pobres cobrem mil mundos
Vão-se cobres, cortes, cortes, cores e colibris
Que se dobrem Mateus e Raimundos
Ishtar está em transe

O soneto é isento de sentido
Caliente romance no ar
Sem transação, sentido ou altar
Vãos de calibres vorazes 

Calíope, Calisto, Calipso, Calígula
Vagabundos a devanear veleiros
Estanho estranho em êxtase 
Velas velozes envolvem marés

Voo tão sertanejo na seca
Não há Anansi que amanse o mar

Ateu Poeta
17/10/2014

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