quinta-feira, 10 de outubro de 2019

197-PÓ DE DIAMANTE

197-PÓ DE DIAMANTE

A saudade surge assim
Com uma pressão constante 
Que estraçalha diamante
Até reduzi-lo a pó

Furacão frio e voraz
Sua velocidade feroz 
Fere a fera mais atroz
Cada ato atado a nós

Impossível desamarrar
Que será de mim, poesia?
Ainda bem que estás aqui
Para minha dor derramar

Semeando esta folha em branco 
Que em teu canto já foi mar

Ateu Poeta 
07/12/2014

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