28-NARCISO AO SOL
Narciso salvou-se sem saber nadar
Ao comer a maçã de Idun que caíra
Um sopro de vida então lhe surgira
Por impulso pode cantar
Ver o mar e fazer poesia
Com asas de Ícaro pôs-se a voar
Carregada pela águia a viu passar
_Esta musa deu vida ao meu coração, pensou
Mas apenas pode pronunciar-lhe o nome
Em vão seria procurar o pomar
É sensato não querer alçar-se ao sol
Pousou em meio à indecisão
Sem Isis, Íris nem Aurora a contemplar o arrebol
Foi embora
Ateu Poeta
25/02/2014
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