quarta-feira, 9 de outubro de 2019

115-ETERNO VAZIO


No dia em que não escrevo
Um eterno vazio em meu coração
Toma conta de tudo
Por isso não me atrevo

A perder esse frevo
Vínculo que me salva da solidão 
Se poeta é o que sou
Não voo sem plumas

Arriscando-me a não ser
A poesia não fenece
Mesmo que o mundo caia
E se estenda a mortalha mais sangrenta

Ela sempre virá
Radiante ou lenta

Ateu Poeta
10/07/2014

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